NOVO PRÉDIO DO IA
Salve colegas!!!
Nos espaços virtuais os debates sobre o futuro do IA começam a pipocar, agora o que precisamos é que nos outros espaços (plenárias, assembléias, reuniões) todo mundo se integre para poder fazer força!!!!
O tema do prédio do IA tem sido uma constante para o CATC, e o colocamos na mesa de debates desde 2005, quando assumimos o mesmo. Na época, o principal problema apontado por professores, pelo DAV e pela Direção sempre foi o mesmo: a falta de um espaço adequado para a ampliação do curso, e para a adequação a todas as necessidades.
Nesse mesmo ano, em dezembro o Reitor inaugurou um "pórtico" no Biociências. Após seu discurso, alguns professores tentaram falar com ele, e se evadiu dos mesmos. Não aceitamos isso e o rodeamos com um grupo de estudantes, ao ponto de que a segurança se propôs a nos retirar. O inquirimos (em bando) sobre o IA, sobre nossas necessidades, sobre nossa falta de espaço e nossa firme vontade de ir para esse prédio, ao que respondeu que faltava uma afirmação da comunidade do IA de que queríamos esse prédio, e como o ocuparíamos. Enviamos correspondência, e nunca recebemos resposta.
Foi dito para nós pelo reitor e para o IA que deveriam fazer um projeto de ocupação do prédio, que foi realizado durante as férias de 2006 por um grupo de professores, e enviado em tempo. O IA nunca recebeu uma resposta.
Iniciamos em março de 2006 fazendo uma atividade juntando as três artes no Biociências, música, teatro e exposições, e sentimos quanto poderíamos fazer naquele espaço, tão amplo e tão nossa cara...
Participamos do Congresso de Estudantes da UFGRS, em julho de 2006, e foi incluído no documento final do Congresso, encaminhado ao CONSUN e ao Reitor, nosso pedido de transferência para o biociências. Não recebemos resposta, mas no Jornal da UFRGS de agosto desse ano, foi afirmado que esse prédio seria a futura sede do IA.
Em setembro de 2006 ocupamos uma reunião do CONSUN, junto com os colegas do DCE, com uma pauta na qual estava incluída nossa proposta de ir para o Biociências; nessa reunião, frente todo o CONSUN e os mais de 300 estudantes que ocupávamos o espaço, o Reitor afirmou que "já estava realizando os encaminhamentos para essa transferência". Mas o IA, oficialmente, não recebeu nenhum documento sobre esses encaminhamentos...
Lançamos em agosto de 2006 o projeto "IA na Rua", para sensibilizar o resto da comunidade acadêmica sobre nossa situação. Fizemos uma aula de anatomia ao ar livre no campus central da UFRGS, distribuímos panfletos e adesivos, já juntando os 100 anos do IA a necessidade de um novo prédio. Organizamos a exposição "Assim não dá".
Em 2007, participamos de várias mobilizações convocadas pelo DCE e sempre colocamos na pauta nossa proposta: novo prédio para o IA. Fomos capa de jornal com nossas faixas, reivindicando o novo prédio.
Organizamos junto com a Direção do IA o lançamento da campanha dos 100 Anos do IA, no dia 23 de abril, onde colocamos para a imprensa e frente ao IA, nossa principal reivindicação: novo prédio para o IA. O reitor nada afirmou publicamente, apesar de ter acenado com "melhorias para as condições de estudo" nesse dia.
No lançamento da Comissão de Honra dos 100 anos do IA, o assunto foi tocado de leve, mas foi o Prefeito Fogaça que levantou a questão: perguntou ao Diretor se o elevador continuava o mesmo, aquele para o qual o Kledir Ramil tinha dedicado em 1975 a música "Elevador"... e continua o mesmo elevador!!!!
No dia cinco de julho convocamos junto com o DCE e o Conselho das Entidades de Base (a maioria dos centros acadêmicos da UFRGS) a um ato frente a reitoria para receber respostas concretas, junto a outros cursos que também esperam respostas concretas. E a decisão da maioria foi a de ocupar a reitoria para que o Reitor desse essas respostas.
E a pressão funcionou:
- na terça-feira mesmo, o chefe de gabinete do Reitor afirmou, na primeira reunião de negociações, que o projeto para a transferência do IA já estava pronto, estavam captando recursos, e custaria dez milhões de reais(!?!);
- na quarta-feira, na Zero Hora, o Reitor afirmou que "...vários pedidos dos estudantes já estão a caminho de serem atendidos, como a transferência do Instituto de Artes para um novo prédio..." Num box no qual o jornal colocou que nossa reivindicação era "...Os alunos querem a transferência do Instituto de Artes para um novo prédio porque o atual está deteriorado...", e o jornal afirmou que a resposta da reitoria era: "...O reitor diz que o Instituto de Artes será transferido para o antigo prédio da Medicina, assim que os alunos da Escola de Saúde saiam dali para o campus do Vale..."
- e na reunião final de negociações, o Reitor entregou um documento que, textualmente dizia:
"...Em resposta ao manifesto dos estudantes da UFGRS recebido nesta data, a Administração Central da Universidade expressa o seguinte posicionamento sobre os pontos reivindicados, estabelecidos após reunião com comissão de representantes discentes:
- efetivação de medidas com vistas a transferência gradativa do Instituto de Ciências Básicas da Saúde para o Campus Saúde, o que possibilitará a transferência, também gradativa, do Instituto de Artes para seu novo prédio (Antigo Prédio da Faculdade de Medicina) Concomitantemente, está programada a realização de obras emergenciais no prédio do Instituto de Artes, tais como reforma do Elevador e do Teatro Tasso Corrêa, bem como a recuperação do prédio do Departamento de Artes Dramáticas-...;
Porto Alegre, 06 de junho de 2007
JOSÉ CARLOS FERRAZ HENEMANN
Essa foi a primeira vez que Reitor afirmou na Imprensa e num documento escrito e assinado por ele mesmo, que o Biociências será a futura sede do IA. Pode parecer pouco, mas não é: é a primeira resposta formal, assinada pelo Reitor. E cremos que não seria tão temerário de assinar uma coisa que não pretende cumprir....Além disso afirma também por escrito que, até que enfim, a lenda do elevador do IA terá um fim: o mesmo será reformado, bem como o Auditório e o prédio do DAD.
Não contentes com isso, e tomamos como exemplo os colegas da ESEF, que após ter recebido a promessa da construção do seu RU, ficaram um ano em campanha constante: o que eles conseguiram foi com negociações,cartazes, camisetas, faixas, adesivos. Foram incansáveis, e se somaram a grande maioria dos estudantes. Fizemos a mesma coisa, e continuamos batendo dia após dia sobre a mesma tecla.
Tanto o fizemos, que em dezembro de 2007 a RBS filmou sobre as condições do IA, numa matéria que foi assessorada pelo CATC, e a apresentou no JÁ, o que ocasionou várias "acelerações" de processos, dos quais estamos ainda vendo resultados(salas interditadas, reformas, etc) e a lenda do elevador, do qual recebemos a informação de que até agosto deste ano será instalado.
No mesmo mês, novamente no Jornal da UFRGS, saiu uma matéria sobre o restauro do prédio, e volta a se afirmar ali que esse prédio abrigará o IA
Paralelamente, foi levantada uma proposta: já que a transferência para o Biociências não seria viável (pois não haveria vontade política de realizar essa transferência), quem sabe a saída não seria montar um projeto para outro espaço, um novo prédio, desta vez no campus da ESEF. Consultamos a comunidade estudantil, e a resposta foi de que se essa era a única alternativa, então tudo bem, mas.... sempre seria melhor ficar no campus central!!!
O assunto voltou a ser retomado na discussão sobre o REUNI, projeto que ano passado o Governo Federal fez as universidades federais "engolir"; com um prazo exíguo de debates. No mesmo, o governo federal condicionou qualquer tipo de repasse de verbas as universidades à adesão a esse projeto. Esse projeto afirma que somente se repassarão verbas aos cursos que: a)ampliarem suas vagas para atingir uma média de um professor para cada 17 alunos; b)modificarem seu currículo; c)criarem cursos noturnos.
Como o nosso curso já atingiu esses números e já modificou seu currículo, a proposta aprovada na plenária(e depois discutida "calorosamente" no DAV) foi a de que nossa participação se daria através da criação de um curso noturno, que somente se iniciaria a partir da construção de um novo prédio, que seria na ESEF.
Mesmo assim, nós não deixamos de insistir no prédio do Biociências para o IA, mais do que nada porque é a única resposta assinada e escrita do reitor...
Agora, quando se aproxima a data do Aniversário do IA, e na qual é o momento da reitoria anunciar alguma coisa, desceu uma "ordem" não escrita(para variar!) para que o IA se posicione se quer ou não o prédio no campus da ESEF. Foi chamada uma reunião do Conselho da Unidade para discutir esse "projeto".
No debate, nossos representantes, Sarah e Cajú, colocaram que o tema estava sem embasamento, que não poderíamos definir nada sem um projeto real, que determinasse que tipo de prédio, tamanho, etc, bem como quanto custaria, de onde sairia a verba, em que prazo se construiria o mesmo. Fomos apoiados pelo Departamento de Música e pelo Departamento de Arte Cênica, já que o DAV já queria votar na hora, apoiando a proposta. Como para nada disso havia resposta, a Direção do IA ficou de entregar uma proposta por escrito para todos os participantes do Conselho, e a partir disso se realizariam assembléias específicas sobre o assunto.
Nossos representantes no Conselho da Unidade deixaram claramente estabelecido que este era um tema muito sério, e que qualquer afirmação não poderia ser apenas "um confete" para os discursos dos 100 anos do IA... Pensamos que para a Reitoria é muito cômodo que a gente abra mão do ICBS e aposte num projeto completamente aéreo, para quem sabe, descerrar no dia 22 de abril uma "pedra inaugural" de um projeto que levará décadas em se concretizar... Se o elevador, que custa uns R$ 200.000,00, já é uma lenda com mais de 40 anos, quantos anos terá que esperar um prédio de vários milhões de reais?...
Então, neste momento o que aguardamos é o retorno da Direção do IA para convocar uma assembléia geral e tomar um posicionamento oficial sobre o prédio.
Vamos nos manter em contato para que o "NOVO PRÉDIO DO IA" não seja mais uma promessa de ano eleitoral!!!!.
Alejandro
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