Recado da Luísa

Compartilho com vocês, pessoas que acredito terem sensibilidade, uns pensamentos.
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Nesta semana que passou fui ao Rio de Janeiro para o encontro de arte-educadores. Um dos assuntos foi a importância de nosso papel não apenas para despertar o interesse pela arte em geral, mas para aumentar a sensibilidade e percepção em toda e qualquer área da vida das pessoas.
No último dia do seminário, quando estava indo em direção ao metrô, para voltar pra casa, fui abordada por um cara que, armado e completamente alucinado (estava bem locão, tremia e mal conseguia falar) veio me assaltar. Entreguei minha mochila inteira e ele disse que não, que queria apenas meu celular! Calmamente peguei meu celular, entreguei pra ele. Conforme ele mandou, 'segui minha reta' sem olhar pra trás.
Passado o susto, muitos pensamentos me ocorreram...
O fato dessa violência - não só pelo furto- na qual passamos em diversos momentos, me assustou bastante.
A violência na qual me refiro é o roubo de nossa liberdade! Do direito de ir e vir, de andar tranquilamente pelas ruas com imunidade e sem restrições. Falo também da liberdade de consciência, da liberdade de pensamento, religião, trabalho, poética, da natural e todas as outras mais.
Meu discurso aqui está longe de ter intenções políticas. Talvez seja até considerado um tanto 'messiânico'. Mas o que eu percebo é que a maioria das pessoas hoje em dia simplesmente deixou de acreditar. Deixaram de acreditar na liberdade, deixaram de acreditar na paz e assim por diante. E por isso, se conformam com a situação atual.
É cada vez mais cada um por si...
O que eu ainda acredito é que, não importa o lugar em que se viva ou a profissão que se exerça, mas se cada um de nós fizermos ela com liberdade e sensibilidade, não deixaremos de acreditar nas pessoas e estaremos contribuindo para um mundo mais justo e pacífico.
Obrigada pela atenção dos que leram.
Tenham uma ótima semana.
Luísa Berger.

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